domingo, 31 de março de 2013

Artistas brasileiros na luta pelo Brasil. Cena repete memórias da Ditadura Militar

Os artistas, todos eles, representam não só a arte que "escolhem" por vocação promover, mas também os anseios de seus fãs.O artista projeta sua arte para seus fãs e neles reflete sua aprovação ou não, sendo ela positiva o artista e o fã se tornam confidentes, pois mesmo sem conhecer o artista, é nele que depositam sua confiança, sua esperança e suas emoções. É na pintura, no cinema, na novela, nos livros ou na música que cada um de nós se identifica e passa a promover e defender aquele artista determinado.

A ditadura militar que se estendeu entre os anos 60,70 e 80 no Brasil, foi marcada no meio artístico pela censura, prisão e até exílio de grandes nomes do meio, como Caetano Veloso e Gilberto Gil que foram presos acusados de terem desrespeitado o hino nacional. Os artistas levavam aos palcos o clamor nacional de liberdade e também repressão, como Elis Regina, que escreveu nessa época duas das suas mais conhecidas músicas e que são até hoje a lembrança marcante do processo totalitarista da época. "Como nossos pais" e "O bêbado e o equilibrista", tratam com clareza a dificuldade do povo brasileiro e a esperança de tempos melhores.

Hoje, quase 30 anos após o final da ditadura militar, as cenas se repetem, obviamente que em uma época totalmente diferente em que nossos artistas não correm o perigo de exílio ou prisão. Em tempos que mais uma vez os direitos humanos estão sendo violados no Brasil, ressuscitou dos nossos artistas o esquecido ativismo pelo seu povo, seus fãs. Não se via a tanto tempo, artistas assumirem posições sobre assuntos polêmicos ou se quer assuntos sem grande relevância. 
O que faltava a eles ? Assunto ou iniciativa? Para nós, é especial saber que aqueles a qual simpatizamos e defendemos, também nos defende.
É nessa onde que nessas últimas 4 semanas, artistas de vários segmentos estão adotando postura consciente e firme junto ao povo brasileiro contra a presidência da CDHM, jogado de presente no colo do PSC e de Marco Feliciano.
Grandes nomes do cinema, da televisão e da música tomaram partido da luta atual da sociedade brasileira pela renuncia do pastor-deputado Marco Feliciano. 

O movimento que ganha força a cada dia, já tem a adesão de cantores(as) como Chico Buarque, Tico Santa Cruz, Preta Gil, Caetano Veloso, Elza Soares, Maria Gadú, Gaby Amarantos, Leci Brandão e Xuxa. Na dramaturgia, Tonico Pereira e Ricardo Blat fizeram beijaço em prêmio, acompanhados por Fernanda Montenegro e Camila Amado. Outras celebridades também se pronunciaram, como Luciano Huck e Sérgio Marone.
Lázaro Ramos foi categórico em dizer, "Queremos ser tratados com dignidade.Queremos mais heróis como os retratados nas novelas e menos Marco Feliciano".
Rita Lee ironizou em sua conta no Twitter, "É impressão minha ou o tal Feliciano-racista-homofóbico é mulato, faz chapinha e tira a sobrancelha. Tá boa santa?"

Pelo Twitter, muitos outros nomes notáveis entraram nessa luta a favor dos Direitos Humanos.
Walcyr Carrasco disse que "A permanência do pastor Marcos Feliciano na Comissão de Direitos Humanos é um ícone do deboche em que se transformou a politica brasileira."
Zélian Duncan, "Feliciano quer ficar por vaidade, orgulho vazio. É inacreditável, uma afronta, uma vergonha e um desamparo aos Direitos Humanos."
Aguinaldo Silva, "Parodiando as palavras do pastor-deputado Marcos Feliciano: eu amo os seres humanos homofóbicos, mas odeio mortalmente a homofobia."


É muito importante que haja essa adesão pelos artistas brasileiros, haja ver que no exterior grandes nomes apoiam massivamente os direitos humanos e na questão LGBT, o casamento igualitário. Nossa luta fica mais forte e nossa esperança só torna a conquista mais próxima.


Por Erik



4 comentários:

  1. Só uma correção histórica: Elis Regina não é a imagem mais apropriada quando falamos do artista engajado. O Blog erra feio nessa ilustração e mostra uma pesquisa de fatos históricos mal-feita e leviana.

    Enquanto vários militantes de esquerda estavam presos e sendo torturados, Elis Regina, vergonhosamente, se apresentou nas Olimpíadas do Exército de uma maneira alienada e desrespeitosa a muitos que sofriam a mais dura repressão do regime militar.

    Sua "adesão" à causa da redemocratização só veio acontecer quando isso já era uma bandeira de toda a sociedade civil e talvez lhe pareceu uma forma de redimir sua atitude anterior. O que é louvável.

    Mas que , contudo, não deve trasnformá-la em heroína de nada . Só da sua própria vida.

    http://www.cartacapital.com.br/cultura/elis-regina-ditadura-e-lula

    ResponderExcluir
  2. Luiz Claudio obrigado por suas observações, que foram aceitas como forma de agregar ao texto.
    Obrigado por ler o Planeta G

    ResponderExcluir
  3. O QUE NAO DEVE MAS ACONTECER È A INTOLERANCIA O AUTORITARISMO A FALTA DE RESPEITO PELO SER HUMANO ESA LUTA NO BRASIL INDA NAO ACABOU AINDA VIVEMOS SOB AMEAÇA CONSTANTE DE VERMOS NOSSOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS SEREM VIOLADOS A QUALQUER MOMENTO

    ResponderExcluir
  4. O QUE NAO DEVE MAS ACONTECER È A INTOLERANCIA O AUTORITARISMO A FALTA DE RESPEITO PELO SER HUMANO ESA LUTA NO BRASIL INDA NAO ACABOU AINDA VIVEMOS SOB AMEAÇA CONSTANTE DE VERMOS NOSSOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS SEREM VIOLADOS A QUALQUER MOMENTO

    ResponderExcluir

Contato

Nome

E-mail *

Mensagem *