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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Planeta G entrevista o novo Presidente da ABGLT, Carlos Magno


Eleito o novo Presidente da ABGLT, a maior associação voltada à militância LGBT da América Latina, o mineiro Carlos Magno de 41 anos irá comandar a diretoria da associação até 2016. Entramos em contato com o novo presidente e obtivemos uma entrevista exclusiva do sucessor de Toni Reis quanto as suas pretensões e impressões quanto ao atual momento da população LGBT no Brasil.


Acompanhe


Você já desempenhava um papel dentro da ABGLT, nos fale um pouco sobre essa antiga função.

Carlos Magno: Sim, eu fui o primeiro militante LGBT do estado de Minas Gerais a entra para Executiva da ABGLT. Em 2006, em Maceió, fui eleito Secretario da Região Sudeste, onde fizemos um trabalho de articular com as organizações LGBT da região e apoiar criação de novos grupos LGBT. Em 2009, fui eleito Secretário de Comunicação, na ocasião demos prosseguimento da gestão anterior, lançamos o Manual de Comunicação LGBT e melhoramos a relação da ABGLT com a mídia em geral.

Como foi a sua caminhada até a Presidência da entidade? Já era algo esperado ou alguém veio te preparando para assumir tal função?

Carlos Magno: Podemos dizer pelas manifestações de apoio antes do processo de eleição, que era de certa maneira esperado. A minha militância de mais de 10 anos me credenciou politicamente para assumir a tarefa de ser Presidente da maior e mais importante organização LGBT da América Latina.  Vários grupos de referência no país declararam apoio a minha candidatura. O meu nome foi consenso entre os vários grupos da ABGLT, isso me animou e possibilitou um bom transito e dialogo com as nossas afiliadas.

Embora estejamos com passos lentos, estamos progredindo em políticas públicas que nos traz um censo de igualdade maior que anos atrás. Qual sua visão do momento para a população LGBT no Brasil?

Carlos Magno: Sim, estamos avançando. Acho limitada avaliação que o movimento não consegue vitória, pois não temos Leis aprovadas. Hoje temos um movimento social bastante dinâmico e plural, só na ABGLT temos 284 afiliadas presentes em todo o território nacional. Temos ONGs LGBT, grupos e coletivos universitários, núcleos de pesquisas, organizações, instituição de classe, sindicatos, assumindo a pauta dos nossos direitos  e combate a violência e ódio LGBT. O nosso maior patrimônio são os inúmeros grupos da capital e interior, que têm desenvolvido ações prol-LGBT de norte a sul deste país. O conjunto das organizações da ABGLT, bem como das demais redes nacionais e setores da sociedade civil organizada, têm colocado o reconhecimento dos direitos LGBT e o combate à homofobia na arena pública, deslocando a questão deste grupo específico para um debate público e geral da sociedade. E todas as conquistas que já conseguimos e todas as que vamos conquistar se devem a força coletiva do movimento social LGBT e das parceiras da luta pela livre orientação sexual e identidade de gênero.



É visível que houve uma queda nas ações de combate do Governo Federal quanto ao vírus HIV e para a comunidade LGBT que continua sendo protagonista dessa luta, vide pesquisa que mostra que jovens gays ainda são os mais infectados, a atenção está ainda pior. Depois de mais de 10 anos, a propaganda de carnaval do Ministério da Saúde, não apresenta mais a temática LGBT pelo 2° ano consecutivo, e vimos desaparecer as grandes ações. Como você vê esse quadro atual?

Carlos Magno: Há uma epidemia concentrada na população Gay e Travesti, e dentro dela um alarme principalmente em relação às jovens. A ausência de ações para a nossa população  é muito preocupante. Muitos estados e municípios ainda não têm desenvolvido ações de prevenção as DST-AIDS/Hepatites Virais para a nossa população. Alguns estados recebem recurso do governo federal e este recurso fica parado, não desenvolvendo as ações para os LGBT.
Recentemente tivemos uma reunião com Dr. Dirceu Greco, diretor do Departamento Nacional de DST-AIDS e Hepatites Virais, e sua equipe técnica, para discutir esta situação de nossa população. Uma de nossas reivindicações foram à avaliação do Plano de Prevenção as DST-AIDS e Hepatites Virais para gays, travestis e outros HSH. Precisamos saber o que saiu do papel, quais os estados e município elaboraram os seus planos e quais implementaram as ações. Assim teremos um diagnóstico mais real de como está a situação de enfrentamento a epidemia de HIV/AIDS no país em relação à população LGBT.

Há dois anos, o então presidente Toni Reis se reuniu a portas fechadas com a senadora Marta Suplicy, Magno Malta e Crivella para discutir a PLC122. Esse fato gerou grande conflito entre a militância e a ABGLT na época e descrença na Ong desde então. O que você achou sobre o que ocorreu. Faria o mesmo?

Carlos Magno: A história não é bem essa. Precisamos deixar as coisas nítidas. A ABGLT foi chamada para uma reunião e tinha como objetivo verificar a possibilidade de encontrar uma saída para o projeto PLC 122/06 fosse aprovado. Nenhum projeto é aprovado como entrou, eles todos sofrem modificações e passam por inúmeras negociações  nas comissões. Negociar não é o problema. A questão é com quem, e qual conteúdo negociamos. O nosso ex- presidente da ABGLT e senadora Marta Suplicy são pessoas historicamente comprometidas com as nossas questões, não podemos negar. Infelizmente, há uma situação muita tensa no congresso nacional e senado federal, onde os nossos opositores têm atuado ostensivamente para que nenhuma lei que reconheça a nossa cidadania seja aprovada. Precisamos acumular mais força e envolver outros atores e atrizes nessa luta, por exemplo, os advogados comprometidos com os direitos humanos, rearticular a Frente Parlamentar LGBT, envolver mais o peso e as articulações das demais redes nacionais nesses processos e, partir daí, desenvolver uma estratégia consistente e viável para a aprovação do PLC 122.  É urgente e necessário termos uma lei contra o ódio e a violência as LGBT no país. Já existe uma recomendação internacional da ONU direcionada ao nosso país sobre esta questão e o Estado brasileiro não pode mais ser omisso a estas mortes e violências. É uma tarefa de todos e todas que defendem os direitos humanos e acreditam numa sociedade mais democrática lutar pela criminalização da homofobia.


A que pé anda a PLC 122/06 e qual sua opinião sobre sua tramitação, tanto do projeto original quanto do alternativo fechado nessa reunião de 2011?

Carlos Magno: Hoje o PLC 122/06 esta sob a responsabilidade do senador Paulo Paim (PT-RS). Recentemente tivemos uma reunião com senador, em Brasília, ele nos informou que o projeto será uma das suas prioridades destes anos e não economizará esforços para sua aprovação. O senador tem um histórico de aprovação de projetos na área dos direitos humanos. A ABGLT está articulando com um conjunto de advogados de vários estados do país, inclusive especialistas de direito internacional, para prestarem assessoria ao senador. Vamos centrar esforços para aprovação do projeto. O ódio e a violência aos LGBT tem que ser crime no Brasil.

Era visível a aproximação do antigo presidente, Toni Reis, com alguns setores do PT, inclusive com a Ministra Marta Suplicy, mesmo assim em âmbito nacional não houve avanços para a comunidade LGBT. Estaria a ABGLT errando na tática ou havia de alguma forma outros interesses nessa aproximação?

Carlos Magno: Eu não posso falar sob o âmbito pessoal do nosso ex-presidente. Mas no campo politico e institucional  a ABGLT é uma organização nacional e uma de suas ações é advocacy no executivo, legislativo e judiciário. Nada mais natural que tenhamos contatos com os gestores, que podem ser do PT, PSDB, PMDB, indiferentemente. A ABGLT é suprapartidária e nossa missão é defesa dos direitos da população LGBT. O papel de dirigente é articular com todos. Independente de partido político e com os interesses coletivos e não individual, somos apenas um porta-voz de nossa organização.

Em um primeiro pronunciamento em que você cita Dilma, a sua avaliação é baixa, mas ainda alta levando em consideração o NADA feito. O que espera de Dilma nesses próximos meses, e é bom destacar que há corrida eleitoral ano que vem.

Carlos Magno: Foi uma nota justa em minha opinião. A presidenta esta com uma grande popularidade há um processo importante de desenvolvimento e inclusão social em curso no país, mas pra nós, em relação à política LGBT, ela está deixando muito a desejar. Espero sinceramente que esta situação possa mudar. A situação de violência e ódio as LGBT é muito preocupante, precisamos de ações efetivas para mudar esta realidade. Estamos vendo no âmbito internacional vários avanço como discurso de posse do presidente Obama, aprovação da união e casamento civil nos países como França, Espanha, Inglaterra, Argentina, entre outros. E no Brasil uma paradeira total. Parece que nem existimos ou que não há demanda social para que existam ações específicas ao nosso segmento. Precisamos urgente de um gesto da nossa presidenta para nos mostrar que não estamos excluídos e/ou negligenciado desse governo e  que nos apresente ações concretas de enfrentamento à violência e ódio LGBT e  de promoção da cidadania da nossa população.

Quais são seus planos daqui para frente na direção da ABGLT.

Carlos Magno: Temos muitos desafios. Precisamos articular e fortalecer as nossas entidades filiadas, ampliar as nossas parcerias com outras organizações e continua fazendo ações de advocacy no executivo, legislativo e judiciário, combinada com ações de mobilização social. A nossa Carta de Curitiba também aponta que devemos no próximo período nos inserir e engrossar as fileiras, já compostas por outras organizações da sociedade civil, no que diz respeito a reformas estruturantes e necessárias do nosso Estado, como a Reforma Política, a Reforma Agrária e a luta por um novo marco legal nas comunicações. Este gesto visa colocar a maior entidade LGBT do nosso país em diálogo com outros setores, fortalecendo tanto outras lutas quando ganhando novas parcerias que ajudem a ampliar a força social e política de nossas pautas.

Há pontos que merecem atenção? E mudança?

Carlos Magno: O nosso maior patrimônio são as nossas afiliadas. Aumentarei o contato com as nossas organizações de base, destacando as do interior e das regiões norte, nordeste e centro-oeste. Precisamos que as nossas entidades de base estejam fortalecidas para que tenhamos uma grande mobilização nacional em defesa dos nossos direitos e do combate a homofobia. Pretendo acompanhar o trabalho e aumentar o canal de interlocução com todas elas. A ABGLT fez uma reforma estatutária e criou as secretárias estaduais e temáticas, desta maneira, estaremos mais perto de nossas afiliadas para atuarmos de maneira mais coesa. Esse será o tom de nossa gestão.

Qual sua visão da militância LGBT no Brasil?

Carlos Magno: Temos a militância LGBT mais dinâmica do mundo. Já viajei para várias cidade do interior do pais e vejo a dedicação e a responsabilidade que têm muitos militantes atuando nas suas cidades, na maioria das vezes sem condições estruturais e financeira, mas com a responsabilidade política com nosso movimento. Muitos tiram dinheiro de seu próprio bolso e conseguem fazer ações de visibilidade e aprovações de leis que garantam os nossos direitos. A garra da militância, sem dúvida faz um diferencial. 


Entrevista concedida por e-mail ao Planeta G

Agradeço a atenção do novo presidente e desejo de coração que a ABGLT venha trabalhar firme e forte contra as injustiças e desigualdades cometidas a nossa população, e que essa associação seja do povo, dos LGBT, da militância..e não de interesses secundários ou camaradíssimo com o Estado, pois esse mesmo estado é o que nos ignora. Boa sorte Caros Magno.

Por Erik

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Obama pede revogação de lei que proíbe união homossexual



Enquanto no Brasil não se tem a iniciativa de nenhum parlamentar, de fato assumir a frente da criminalização da homofobia, os Estados Unidos novamente se mostra muito mais igualitário do que se pensa. 
Os americanos podem ser agraciados com a revogação de uma lei de 1996 que define casamento como sendo apenas de um homem com uma mulher.
O pedido foi feito formalmente pelo próprio Presidente Barack Obama à Suprema Corte Americana, justificando que a mesma vai de contra a constituição que protege a igualdade no país. As informações são da Dow Jones.
Os americanos devem mesmo se orgulhar, tendo como maior líder do movimento LGBT, o próprio Presidente de sua nação.
Enquanto isso no Brasil, tudo que esteja voltado à homossexualidade e suas demandas começam novamente a ser deixadas de lado, haja ver que o ponta pé para as Eleições de 2014 já foi dada. Enquanto o mundo avança, nos regredimos tentando curar a homossexualidade, brigamos com ladrões de dízimos e "ficamos" preocupados se terá beijo na novela das 21hs ou não.

Vamos acompanhar!


Por Erik

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Robbie Rogers, assume homossexualidade e se afasta do futebol.


"Segredos podem causar tanto dano interno. Pessoas gostam de pregar sobre a honestidade, como se a honestidade fosse tão clara e simples. Tente explicar para seus parentes depois de 25 anos que você é gay.
Nos últimos 25 anos, eu tive medo. Medo de mostrar quem eu realmente era. Medo de que julgamentos e rejeições me privariam de sonhos e aspirações. Medo de que os meus parentes queridos ficassem distantes de mim se soubessem o meu segredo. Medo de que o meu segredo ficasse no caminho dos meus sonhos. O sonho de ir a uma Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, sonhos de fazer minha família orgulhosa. O que seria da minha vida sem esses sonhos?
Nunca vou esquecer os amigos que fiz ao longo do caminho e os amigos que me apoiaram, uma vez que sabiam do meu segredo", disse. "Agora é a minha hora de me afastar. Está na hora de me afastar do futebol"

Essas foram às palavras do jogador de futebol, Robbie Rogers em seu blog oficial. Robbie que jogou 18 partidas pela seleção Americana de futebol e recentemente jogava no Leeds United da Inglaterra, decidiu se afastar do futebol ao assumir sua sexualidade.
Amigos e dirigentes de futebol deixaram mensagens de apoio ao ex-jogador pelas mídias e redes sociais.
"100% amor e apoio para um dos meus melhores amigos Robbie Rogers. Você fará falta em campo. Talento incrível, pessoa incrível", disse o meia Sacha Kljestan, companheiro de equipe dos EUA que joga na Bélgica pelo Anderlecht.
O executivo-chefe da Associação de Futebolistas Profissionais de Inglaterra, Gordon Taylor, disse à Sky Sports News do Reino Unido que o futebol só começa a vencer a batalha contra o preconceito se os jogadores gays "idealmente falarem sobre o assunto durante a sua carreira, mesmo que seja para o fim de sua carreira".
O ex-goleiro da equipe dos EUA, Kasey Keller, que também jogou no futebol inglês, disse que espera ver Rogers de volta no jogo.
"A bravura de Robbie Rogers é louvável, espero que ele perceba que ele não precisa se aposentar. Ele será mais acolhido do que imagina", escreveu Keller no Twitter.


A homossexualidade ainda é um tabu no esporte, sobretudo no futebol, que é um esporte com uma carga machista incrível, mas não quer dizer que não venceremos também essa barreira.
Esse é o momento da comunidade LGBT mundial parabenizar e dar o apoio necessário a esse grande jogador que teve tamanha coragem de mostrar quem é de verdade. Espero também que sua "aposentadoria" seja de momento, podendo assim novamente fazer o que gosta e levar a bandeira do respeito e da tolerência ao esporte mais famoso do mundo.

E vamos combinar? Que gato esse Robbie Rogers (risos) 

Confira mais sobre Robbie Rogers
https://twitter.com/robbierogers
http://www.therobbierogers.com/

Por Erik

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Em nome de Deus?


Há milhares de anos o nome de Deus é usado para justificar as atrocidades sociais construídas por homens que usam do seu nome para impor suas teorias.
"Em nome de Deus" já se matou e ainda se matam muitos inocentes que só desejam viver e buscar a felicidade. Guerras, revoltas, omissão... tudo baseado em um livro a qual ninguém sabe ao certo se é verdadeiro.
A Bíblia, um livro misterioso guardado a sete chaves tem sido o farol das maiores tragédias da história, e não somente o fortalecimento da intolerância contra homossexuais, mas também o estado de inferioridade da mulher por tantos anos, o atraso dos estudos científicos, a demência surreal a um Deus, que dizem as religiões, ser bom.
Que Deus é esse?
Sendo Deus uma força que nos alenta, que nos traz felicidade, tranquilidade, amor, então porque o ódio ainda impera nos corações dos homens? Fundamentalismo cego que leva multidões a odiar coisas que não conhecem que não viveram que nunca virão.
 
O pastor Silas Maléfico usa Deus para explicar suas teorias malucas e fundamentalistas, usando até a Psicologia, ciência tão antiga quanto às teorias religiosas.
Esse Deus que pastores e padres usam para exaltar a intolerância a homossexualidade não deve estar muito contente com os homens que levam seu nome, pois são esses homens que matarem centenas de mulheres, calaram cientistas, dividiram países, mutilaram crianças, degolaram homens inocentes. Esse mesmo Deus deve estar decepcionado com os casos de pedofilia dentro da igreja, com o enriquecimento fora do normal dos pastores evangélicos, do envolvimento do seu nome em tantas tragédias que o homem causou e ainda os cria para sair da monotonia, porque é muito difícil ver as pessoas felizes.
 
O meu Deus não é o mesmo deles, não mesmo! O meu Deus vai esperar cada um deles, para conduzi-los ao lugar certo e merecido.



Por Erik


Conselho Federal de Psicologia se posiciona contrariamente às declarações de Silas Malafaia .



Conselho Federal de Psicologia se posiciona contrariamente às declarações de Silas Malafaia .

Pastor foi entrevistado durante programa exibido pelo SBT no último domingo. 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) manifesta publicamente seu repúdio às declarações do pastor Silas Malafaia feitas no último domingo (3/2), durante um programa de entrevistas exibido pelo SBT. Em sua participação, o pastor evangélico agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação – objetos da atuação da Psicologia, que se pauta na defesa da subjetividade das identidades.

As declarações de Malafaia, que é graduado em Psicologia, afrontam a construção das lutas da categoria ao longo dos anos pela defesa da diversidade. É lamentável que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso que chega a ser quase inquisitório, colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão e o preconceito na leitura dos Direitos Humanos.

Ao alegar que a homossexualidade é uma questão de comportamento, o pastor se mostra contrário às bandeiras levantadas pela Psicologia, especialmente no que tange a Resolução CFP nº 001/99, estabelece normas de conduta profissional para o psicólogo na abordagem da orientação sexual, visando garantir um posicionamento de acordo com os preceitos éticos da profissão e a fiel observância à promoção dos direitos humanos. Considera que a homossexualidade não constitui doença, desvio ou perversão, posto que diferentes modos de exercício da sexualidade fazem parte das possibilidades de existência humana.

O dispositivo busca contribuir para o desaparecimento das discriminações em torno de práticas homoeróticas e proíbe as psicólogas (os) de proporem qualquer tratamento ou ação a favor de uma ‘cura’, ou seja, práticas de patologização da homossexualidade. Infelizmente, nada disso soa em consonância com o discurso de Silas Malafaia.

A Resolução declara, ainda, que é um princípio da (o) psicóloga (o) o respeito à livre orientação sexual dos indivíduos e o apoio à elaboração de formas de enfrentamento no lidar com as realidades sociais de maneira integrada. É dever do profissional de Psicologia fornecer subsídios que levem à felicidade e o bem-estar das pessoas considerando sua orientação sexual.

Esse tipo de manifestação da homofobia na sociedade brasileira contribui para a violação dos direitos humanos de parcela significativa da população. Vale lembrar que esses tipos de casos resultaram, no ano de 2011, em 278 assassinatos motivados por orientação sexual, de acordo com o Disque Direitos Humanos (Disque 100).

Dessa forma, podemos entender que a construção sócio-histórica da figura do homossexual como anormal que precisa ser corrigido e, por vezes, exterminado para a manutenção dos valores e do bem estar social, ainda se faz presente em nossa sociedade. Entretanto, a violência destinada a sujeitos que têm suas sexualidades consideradas como ‘desviantes’ não se resume a agressões e assassinatos. De fato, tais manifestações só se tornam possíveis a partir de uma rede de discursos que os colocam como inferiores, vítimas de sua própria existência. Esses discursos e práticas são, então, ações de extermínios de subjetividades indesejadas.

Com base nessa realidade, é também uma tarefa da Psicologia contribuir para o enfrentamento da homofobia e suas repercussões sociais. A importância dessa ação é tanta, que em novembro de 2012 o CFP assinou um termo de cooperação com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) para tratar do tema por meio de Comitês de Enfrentamento à Homofobia e da Campanha Faça do Brasil um Território Livre da Homofobia.

A atitude desrespeitosa de Malafaia com homossexuais ressalta um tipo de comportamento preconceituoso que não se insere, em hipótese alguma, no tipo de sociedade que a Psicologia vem trabalhando para construir com outros atores sociais igualmente sensíveis e defensores dos Direitos Humanos. O Brasil só será um país democrático, de fato, se incorporar valores e práticas para uma cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. Exatamente o oposto do que prega o referido pastor.
Samanda Freitas

Coordenadora-Geral

Secretaria Executiva do CNCD/LGBT

Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

( (61) 2025-7884/7944/9076 e 9806-3562

* samanda.freitas@sdh.gov.br

Sitio: www.direitoshumanos.gov.br

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Osasco segue firme na luta pela população LGBT




Na última sexta feira, 01, a ATTO – Associação das Transexuais e Travestis de Osasco realizou com o apoio da Secretaria da Cultura e da Secretaria da Saúde através do Programa DST/Aids o Encontro Regional Pela Visibilidade Trans na Escola de Artes César Antonio Salvi.

Pioneiro na cidade, o evento que teve início com uma performance da transexual e militante osasquesnce Lorelay, contou com a presença de jovens representantes da sigla LGBT, incluindo simpatizantes héteros. Já as Trans de fato eram minoria, e essa peculiaridade foi abordada na fala de Denilson Costa - membro da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade da Prefeitura de Barueri, quando destaca a importância da mobilização do segmento para assegurar representatividade nos diversos poderes.

A Dra. Deise Morgado – Advogada e Conciliadora junto a 1º Vara da Família do Fórum de Barueri, resgata a reflexão de que no princípio legal dos direitos humanos não haveria diferença de tratamento aos interesses políticos de categorias minoritárias, já que a Constituição garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Com isso reforçou a importância da comunidade fazer valer esse direito, mencionando inclusive a participação da mídia e da TV Globo neste contexto.

O Dr. Flávio Nardy – Psicólogo e Especialista em neuro e social, apresentou um panorama de como é feito hoje o atendimento psicológico a transexuais na rede pública, expondo a deficiência do SUS – Sistema Único de Saúde, para a emissão do laudo que atesta se o indivíduo está autorizado a fazer cirurgia de adequação sexual, inclusive levantando a polêmica sobre a liberdade de identificação sexual.

Durante as três horas do evento a platéia se mostrou participativa com perguntas, comentários e exemplos vividos por si ou amigos, principalmente durante a fala do Professor Jonathan Motta – formado em Filosofia e especializado em Antropologia e Cultura Social, quando menciona as relações nos ambientes sociais, como escola e trabalho, até a participação familiar para a construção da relação com a sociedade.

Victor Garber, ator de Titanic, assume homossexualidade

Victor Garber à Esquerda e Rainer Andreesen


Victor Garber, ator consagrado em diversas produções, e uma das mais conhecidas, Titanic, resolveu sair do armário publicamente.
Em entrevista para o blogueiro Greg Hernandes, o ator disse "o que todos sabiam". Segundo Victor, sua relação com o artista Rainer Andreesen já dura 13 anos e moram em Nova York.
Garber disse: "Eu realmente não gosto de falar sobre isso, mas todo mundo sabe." Ele acrescentou: "Ele vai estar aqui comigo para o SAG Awards."




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