Gostaria de compartilhar aqui com vocês, meus queridos leitores, a opinião que dei sobre o caso LUPO.
Nem tudo é homofobia, mas muitos militantes ou pseudo-militantes continuam a perder tempo cultuando a sua síndrome de perseguição.
Se me permitem, gostaria de poder deixar minha opinião sobre o caso. Assisti algumas vezes o comercial na "esperança" de achar algo que deixasse explicito um caso de preconceito e homofobia. Bom, para falar a verdade, não vi no seu conteúdo um teor homofóbico e nenhum tipo de preconceito subliminar. Nós estamos em um momento que as questões que envolvem a homossexualidade estão ocupando o topo nos noticiários e tem tido uma grande visibilidade nacional e internacional e a militância por sua vez começa a esquecer nossas verdadeiras e prioritárias lutas se apegando a criticas humorísticas e comentários sem relevância. É importante deixar claro que quando se trata de preconceito, devemos SIM estar atentos a toda a movimentação que envolve os assuntos que nos são importantes.O humor é uma sátira da realidade, e nem sempre ou quase nunca está carregado de preconceito.Eu quando sou paquerado por uma menina, me esquivo igual ao Neymar. Será que sou "heterofóbico" ? Reflexão galera!
Por Erik
"O humor é uma sátira da realidade, e nem sempre ou quase nunca está carregado de preconceito."
ResponderExcluirQuase nunca? Se há os que têm mania de perseguição, há também quem pareça não notar o óbvio. Quase toda forma de humor consiste em ridicularizar uma minoria, seja esta de negros, loiras, nordestinos, gays ou tantas outras.
Quando à campanha, acho sim que seja homofóbica, pois, MAIS UMA VEZ, reitera posições heteronormativas. Estamos tão inseridos em uma cultura na qual a figura do homossexual é sempre privada de aparecer, por exemplo, em um comercial de cuecas (produto que, vamos combinar, não é exclusivo de héteros) que quando o Neymar, para reafirmar sua heterossexualidade, decide não fazer a tal dancinha ridícula para um homem, achamos que é normal. Até quando vamos aceitar como natural a eterna exaltação do heterossexual? Cá entre nós, dispenso o garoto-propaganda desse comercial, mas poderiam, sim, ter posto uma outra opção para homens que quisessem ver o produto. Garanto que o comercial teria ficado mais legal!
A falta de maturidade consegue desqualificar a verdadeira militância em favor dos nossos direitos. Lamentável.
ResponderExcluirSe eu ser paquerado por uma mulher não sairia de fininho, fazendo escândalo, estas coisas, só dispensaria. E se eu estivesse mostrando um produto, não iria ignorar, principalmente se fosse um produto para mulheres. É exatamente o que o Neymar representa no comercial. O garoto propaganda de cuecas Lupo, que se recusa a mostrar o produto para outro homem, que indiretamente poderia ter feito um elogio para ele. Isso é machismo, reforço do machismo. Se não for, só se for no mundo da Planet G.
ResponderExcluirA propaganda é machista, e machismo é uma das causas da homofobia. Só estudar um pouco que vão entender que há uma relação sim com a homofobia, mas não diretamente. Diz que um homem não pode receber elogio de outro, muito menos cantada de outro.
E desde quando é só a militância que está nas redes sociais criticando a propaganda. Seriam milhares, né... Podia ser assim.
ResponderExcluirImaginemos a seguinte cena:
ResponderExcluirO tosco Neymar se mostra de cueca para as moças bonitinhas brancas padronizadas, na hora em que aparece uma moça negra e gorda na loja, ele saí logo de fininho.
Oh gente, onde será que estaria o racismo nessa cena? Acaso negariam que há racismo nessa cena? O que será que irão dizer os posers e os "bobos alegres" que estão "pagando de otários" fazendo a linha de defensores de ocasião da LUPO?
Então não é homofobia apenas porque o rapaz que aparece na cena não é "pintoso"? Então só existe gay "pintoso"? E a homofobia só se configura se houver uma agressão explicita e com gays mais efusivos?
Que matéria triste. Um retrocesso. A grande muleta dos preconceituosos é se apoiarem em gays que pensem igual a eles. A realidade é a violência travestida de humor ao longo do tempo. Também é "realidade" que os negros ainda não conquistaram seu espaço no mundo por puro preconceito e isso me faz poder criar um intervalo comigo fugindo de um negro que chega na minha loja achando que ele é ladrão? Pois essa é a realidade. Todos têm medo ainda de um negro mal vestido quando este entra no ônibus, mas isso não me dá o direito da liberdade de oprimir. Liberdade de expressão não é liberdade de opressão. Sai pra lá Erik, Clodovil já morreu!
ResponderExcluirDe acordo com a escala de alport,a propaganda atinge os três primeiros níveis de preconceito.Antilocução,esquiva e discriminação.Antilocução ocorre quando o Neymar foge de fininho de um cliente do mesmo sexo.Isso denota uma aversão subliminar ao desejo pelo mesmo sexo e algo tratado como gracejo.Esquiva ocorre quando o cliente do mesmo sexo,que poderia ser homossexual,isso é indiferente,aparece e o Neymar foge,deixando o vendedor de atender o cliente.E discriminação quando o cliente do mesmo sexo é visto como alguém indesejável e deixa de ser atendido.
ResponderExcluirAs pessoas tendem a deixar passar porque acham que quando uma propaganda for homofóbica vai ser escandalosamente assim.
Mas isso não vai acontecer, porque senão nem ao ar ela iria. Os preconceitos são retroalimentados é na sutileza mesmo, que faz uso o senso comum pra nos dar uma imagem de normalidade à barbárie.
Barbárie sim, porque quantos gays não são maltratados em lojas de roupas ou outras lojas?
(agradecimentos a Walter Silva e Max Pederzini)
Aff... Por causa de gente que se acha "militante" igual a quem editou essa matéria é que resolvi partir para a luta! Não podemos mais aceitar piadas de mal gosto, sejam diretas ou indiretas. Isso gera uma "normalidade" no comportamento discriminatório e isso não é bom pra ninguem, principalmente para aquele que está inseguro com sua sexualidade.
ResponderExcluirTenho medo dessa militância que diz amém aos velhos conceitos.
estou refletindo como vc disse: faça o seguinte coloque uma mulher negra , bonita ou feia, não importa, no lugar do "hetero" da propaganda...
ResponderExcluirEm todas as respostas enxergo novamente a falta de postura racional de muitas pessoas, inclusive as que comentaram. Fui em um evento uma vez, em que em uma das reuniões os militantes estavam tão concentrados em se vitimizar e catalogar "o melhor" jeito de sofrer homofobia, que alguns poucos que queriam exaltar nossas conquistas foram deixados de lado...
ResponderExcluirSempre comentamos das barbáries que os fundamentalistas religiosos comentem, e pelo que vejo estamos criando ativistas fundamentalistas e reacionários que vivem com a sombra da discriminação ao seu lado!
Um final sem brechas para homofobia:
ResponderExcluir- Neymar se apresentar para o rapaz devidamente trajado, com a cueca nas mãos, fazendo uma apresentação formal, que o tira da grife "Neymar" pegador.
- Neymar e o rapaz dizendo: "EEEE, SAI FORA!". Mas isso competiria dizer que homens não gostam da marca lupo
- Neymar fazer a dancinha e o cara dizer: "gostei, vou levar, mas só a cueca" - sem reagir em relação a dança.
- A "irmã do Neymar" ou alguma mulher conhecida por sua semelhança ou relacionamento com ele aparecer dançando com a cueca nas mãos.
Enfim, seriam vários os desfechos cômicos e que não trariam a ideia de homofobia junto com elas. Vale lembrar que polêmica, vende. A Lupo hoje em dia é mais comentada nas redes sociais e nas mídias do que há 3 meses atrás, antes de lançar a campanha. Ao meu ver, a propaganda foi planejada para gerar essa polêmica e trazer o nome da marca para as grandes discussões na web, isso vende.
Eu acredito que a publicidade foi, portanto, pensada para ser homofóbica, numa maneira estratégica, e não um insulto aos homossexuais. Ela foi feita para produzir essa reação e colocar o nome da empresa no circuito das empresas ditas no Facebook ou no twitter, por exemplo.
Há uma expectativa se Neymar aparecerá para o cara ou não. poderia aparecer de várias formas. poderia não aparecer e mostrar a cueca, mas preferiu-se colocar o personagem em fuga para causar reações. Se acham que não foi proposital, pensem na escalada midiática que Marco Feliciano e Marisa Lobo tiveram nesses últimos meses... A polêmica é algo muito praticado pelas grandes grifes para se tornarem conhecidas, famosas e vendáveis.
um homem que acha que o outro e gay e foge como se fosse ser atacado não é homofobico? afinal é uma realidade que todo gay é predador e estuprador de heterossexuais, não é mesmo? Não?! pois é, Homofobia também é aversão, nojo, não é só porrada, gente de mente pequena! é completamente ofensivo esse comercial, e uma vergonha ver um site gay diminuindo a militância que tanto luta pelo mesmo os tachando de esquizofrênicos com mania de perseguição. Meu Koo planeta G, meu Koo Neymar, Meu koo Lupo!
ResponderExcluirJohn Rhayllander
Erik, quando, na luta dos negros por igualdade social, achou-se engraçado chamá-los de macaco? Será que a luta dos negros era para que cinco branquinhos não ateassem fogo em um negro em praça pública, mas liberando ou deixando passar que chamassem-os de moreninhos? Não!!! Em nenhum momento na vasta luta dos negros, nunca vi nenhum negro dizer pode achar que eu sou bandido, pode me chamar de macaco, normal, só exijo que não me espanquem. Os negros sempre souberam que a violência tem escala, mas é violência de qualquer forma. Erik, qual é a verdadeira militância? Só posso reclamar se tiver sangue e olho roxo? Qual é a verdadeira vitória que não foi discutida nesta reunião que você foi? Um gay a menos morto em relação ao mês anterior? Violência tem várias faces, várias linguagens e vários discursos, mas sua unanimidade está em se travestir de realidade. Ei. Vá escrever no blog do Rafinha Bastos. Retrocesso.
ResponderExcluirOlá Tiago..o nome do seu blog já diz tudo... O Blog do estressado! Vá para o Spa ;)
ResponderExcluir