Às vésperas da 18° Edição da Parada do Orgulho Gay da cidade de
São Paulo, a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo lançou
nota em "defesa da dignidade, da cidadania e da
segurança" dos homossexuais.
Desde que
Papa Francisco tomou posse do Trono de Pedro, a Igreja Católica vem tomando
decisões e pedindo desculpas pelos atos e falas de centenas de anos contra a
população LGBT, assim foi com o Arcebispo Daniel Sturla de Montevidéu que
semana passada pediu perdão pela frase do seu sucessor, Nicolás
Cotugno, e pelas atitudes do bispo Jaime Fuentes de que “Os homossexuais estão
doentes e devem ir para uma ilha se curar”, afirmou o arcebispo em 2008.
Abaixo segue
texto publicado no Estado de São Paulo com trechos da carta;
"Não
podemos nos calar diante da realidade vivenciada por esta população, que é alvo
do preconceito e vítima da violação sistemática de seus direitos fundamentais,
tais como a saúde, a educação, o trabalho, a moradia, a cultura, entre
outros", afirma, em nota, a entidade da Igreja Católica. A comissão diz
também que LGBTs "enfrentam diariamente insuportável violência verbal e
física, culminando em assassinatos, que são verdadeiros crimes de ódio".
A
entidade convida "pessoas de boa vontade e, em particular todos os
cristãos, a refletirem sobre essa realidade profundamente injusta das pessoas
LGBT e a se empenharem ativamente na sua superação, guiados pelo supremo
princípio da dignidade humana". Ainda de acordo com a nota, o
posicionamento da entidade, “fiel à sua missão de” anunciar e defender os valores
evangélicos e civilizatórios dos direitos humanos fundamenta-se na Constituição
Pastoral Gaudium et Spes, aprovada no Concílio Vaticano II: "As alegrias e
esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e
de todos aqueles que sofrem, são também as alegrais e as esperanças, as
tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo", diz o documento.
Dar
voz. O diretor da Comissão Justiça e Paz da arquidiocese, Geraldo Magela
Tardelli, afirmou que esta é a primeira vez que a comissão escreve
"formalmente" a favor dos homossexuais. "A comissão tem uma
missão, segundo D. Paulo Evaristo Ars: ''temos que dar voz aqueles que não tem
voz''. Neste momento, o que estamos percebendo é que há um crescimento de
violência contra homossexuais, então a gente não pode se omitir em relação a
essa violação dos direitos humanos", afirmou o diretor.
Segundo
ele, a realização da Parada Gay determinou a divulgação da nota. "Nós
achamos que esse era o momento correto de colocar essa nota em circulação. Nós
da Igreja estamos engajados na defesa dos direitos humanos e não compactuamos
com nenhuma violação, independentemente da cor e da orientação sexual das
pessoas", disse Tardelli.
Por Erik
Estou muito feliz com está atitude, principalmente, por vir da Igreja Católica
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