Retrospectiva
Depois da decisão histórica do STF regulamentando a união estável
entre casais do mesmo sexo, no Brasil, João Silva que é cabo da Marinha e assistente
social na mesma, entrou com pedido junto à corporação para inserir como cônjuge
o seu marido, Cláudio Nascimento.
"Tivemos dois pedidos indeferidos. Alegavam que não poderiam
colocar o Claudio como meu cônjuge na identidade militar, que não podiam
colocar alguém do mesmo sexo. Então ficou algo incompleto", disse João
Silva ao Terra.
Direitos Iguais
Depois de nove meses de espera, a Marinha do Brasil cedeu e
reconheceu em sua corporação o casamento pioneiro do Rio de Janeiro.
Segundo João, o caminho foi longo pelo reconhecimento do casal. Um
ofício foi encaminhado ao gabinete da Presidente Dilma, mas o mesmo mandou o
caso ao Ministério da Defesa que pediu averiguação de um suposto caso de discriminação.
Forças Armadas
Está no histórico das forças
armadas, não só no Brasil, o caráter machista na raiz, mesmo que lá dentro haja
"brincadeiras" as escondidas que todos nós sabemos ;).
Mas a questão não é essa. Por
ser um ambiente de força física e disciplina singular voltada à defesa, os gays
não são muitos fãs de servi-lo e nem a alta patente das forças armadas nos
querem por lá. Mesmo não sendo uma das escolhas mais cotadas por gays, o
serviço militar é obrigatório e a defesa do país necessita de pessoas de todas
as "tribos", querem elas ou não.
O paradigma quebrado hoje na
Marinha e um grande avanço na conquista de diretos iguais. A bandeira da luta
gay entre tantos anseios leva principalmente a vontade de andar para lá e para
cá sem ser julgado pela orientação sexual e usufruir de todos os direitos civis
que a constituição nos cobre.
Enfim, fico muito feliz que a
iniciativa da Marinha, mesmo que por uma intervenção ministerial, tenha
acontecido e que muito mais parceiros militares possam ter os direitos
assegurados também nas Forças Armadas Brasileiras.
Parabenizamos o casal João
Silva e Cláudio Nascimento pelo pioneirismo na história LGBT do nosso país e
principalmente a vontade de fazer valer a lei e os nossos direitos, pois sendo
hoje, vocês a irem atrás desses direitos, amanhã muitos outros poderão ter a
oportunidade de fazer valer a mesma igualdade.
Por Erik
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