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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Carta Aberta ao Vereador Marco Aurélio Cunha - SP

Sr. vereador Marco Aurélio, venho por meio deste reforçar a corrente que fazemos contra as atitudes nada democrática e muito menos políticas do vereador Carlos Apolinário. É de conhecimento de qualquer pessoa que tenha informação que este senhor não faz política justa e democrática, traçando muitos anos de sua vida a produzir leis de caráter preconceituoso e sem qualquer fundamentação.
Amanhã volta a discussão sobre o projeto de lei que visa tirar da Paulista todo e qualquer tipo de manifestação, como a PARADA DO ORGULHO LGBT. É bom citar que a parada é um importante evento que visa a mobilização da sociedade civil em torno de questões de homofobia e promoção da cidadania LGBT, que infelizmente ainda é tão perseguida no Brasil e visivelmente em São Paulo.
A mistura incansável que o vereador Carlos Apolinário faz quanto seus preceitos religiosos e a política põe em risco a laicidade do estado e a liberdade de expressão, pois política é política e religião é religião e não devemos fazer política com base em conceitos religiosos, pois se assim fizermos estaremos regredindo significantemente.
Assim espero que o Sr. possa ajudar não a comunidade gay, mas no geral a sociedade paulistana a não aprovar mais esse projeto de caráter preconceituoso, preservando assim a laicidade do estado  e os princípios da democracia.
 
 
Att.
 
Erik Henrique Nunes da Silva
Moderador do Blog Planeta G

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Governo Federal é omisso e irresponsável

Agora a pouco (28) assisti uma reportagem na Glogo News muito completa e esclarecedora sobre os gays a educação, crimes de homofobia e Aids. 
Segunto a reportagem, os casos de Aids entre jovens gays entre 15 e 24 aumentou entre 1990 e 2011aumentou de 25,2% para 46,4%, quase que o dobro de casos, levando-se em consideração o aumento da doença também pelas travestis.



O Governo Federal ao mesmo tempo que mostra toda sua atenção a população homossexual brasileira, é controversa, omissa e irresponsável com os casos de HIV e a realidade homossexual desse país.
Na mesma reportagem uma especialista disse ao vivo que na maioria das vezes a homofobia na escola pode ser a causadora da falta de cuidado entre os jovens e que a falta de conhecimento e o crescimento do preconceito têm tido participação no aumento desses números. Na mesma reportagem foi explicado que a UNESCO aconselha a abordagem de assuntos de diversidade sexual com um material ideal desde os 6 anos de idade.

A maior irresponsabilidade do Governo é saber, como o próprio Ministério da Educação divulgou, que são registrados anualmente 6.000 casos de homofobia dentro das escolas brasileiras e quando é tido alguma evolução, temos uma presidente que veta o projeto para salvar a cabeça de amigos ou comparsas, como queiram.
Enquanto números como estes continuam a crescer o governo anda em marcha lenta na legislação que abraçe a população homossexual, tanto pela criminalização da homofobia quanto para criar métodos de diminuir a homofobia no ambiente escolar, esse que deveria ser a base da cidadania.

Lamentável.


Por Erik

sábado, 26 de novembro de 2011

Movimento LGBT de São Paulo termina o ano com 56% dos objetivos alcançados.

A realização da 1° Conferência LGBT do Estado de São Paulo, em 2008, indicou as bases para a implantação de uma política de promoção da cidadania e dos Direitos Humanos para a população LGBT. Nessa mesma oportunidade lideranças LGBT, Ongs, a socidade civil e menbros do poder público criaram o I Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia e Promoção da Cidadania LGBT, encaminhado assim para os órgãos competentes para colocar em prática nosso ativismo, cobrando, fiscalizaando e lutando por um estado melhor.
Com base no relatório da execução desse plano conseguimos extrair um número positivo do Estado de São Paulo sobre as políticas adotadas entre 2009 e 2010.
De 108 propostas, podemos destacar 60 propostas que foram realizadas pelo Governo do Estado de São Paulo, 27 delas foram realizadas parcialmente e 21 propostas não foram realizadas.


Em porcentagem as propostas realizadas representam 56 %, realizadas parcialmente 25% e não realizadas 19%.


Grandes avanços foram realizados no Estado a qual podemos destacar o Decreto Estadual n° 55.588, de 17 de Março de 2010, que estabeleceu a obrigatoriedade do tratamento nominal de travestis e transexuais pelos funcionários públicos, em todos os órgãos da Administração Pública Estadual, direta ou indireta e o lançamento do ProAC LGBT em parceria com a Secretaria de Cultura disponibilizando ao órgão uma verba de R$ 500.000,00 em 2010 e R$ 750.000,00 em 2011. Na área de Segurança Pública houve a ampliação física e de serviços da DECRADI, capacitação de militares e GCM, além da realização do Seminário: " Diversidade sexual e Direitos Humanos" para coordenadores e dirigentes de unidades prisionais.

 É muito bom ver que são Paulo, embora seja um dos Estados mais vilentos e homofóbicos, esteja avançando nas políticas LGBT. Isso é resultado dos movimentos que não adormecem, Ongs e Organizações políticas sérias que fazem do seu tempo, o tempo de luta.


Por Erik

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Em dia de parada gay, Maceió esteve de luto pelo assassinato do Fundador do Grupo Gay de Alagoas.

Domingo (13) tinha tudo para ser um dia maravilhoso e de muita festa em Maceió, mas mesmo com a 11ª Parada Gay de Maceió, que aconteceu nas orlas de Pajuçara e Ponta Verde, foi um pouco menos alegre. 
Na madrugada da Sexta-Feira (11), foi assassinado na cidade o fundador do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Zequias Rocha Rego de 57 anos, Ong essa responsável pela organização da parada na capital alagoana.



Zeca, como era conhecido, trabalhava como assessor da Coordenadoria Executiva do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). O militante foi morto em seu apartamento com duas perfurações de faca cravadas no pescoço. Ele morava no Conjunto Alfredo Gaspar de Mendonça, no bairro de Jacarecica, em Maceió. A polícia que investiga o crime diz que, por ter objetos quebrados pela casa, acredita ter ocorrido luta corporal. Testemunhas alegam que três homens usaram um carro e uma moto para fugirem.
A tese policial é de latrocínio (roubo seguido de morte), mas segundo o delegado responsável, Egivaldo Lopes, declarou à imprensa, também não está descartada a hipótese de crime de ódio.
Para termos uma ideia do estado das coisas ainda hoje, a hipótese de homofobia que será investigada pelo delegado é um avanço, dentro das centenas de crimes que esse dado simplesmente é escondido, desprezado ou escamoteado. Muitos policiais descartam de cara que a motivação de um assassinato possa ter origem na homofobia mesmo a vítima sendo um homossexual ou tendo indícios de crime de ódio.
É claro, apesar dos obtusos reacionários fingirem nunca perceber, que o fato de uma pessoa ser gay não necessariamente faz com que seja vítima de um crime homofóbico. Às vezes, a razão mesmo está apenas em um assalto mal executado ou cheio de perversões. Mas também, muitas vezes o componente de ódio está presente e deve ser investigado. E não descartado em um primeiro momento, como temos assistido na maioria dos casos ocorridos contra homossexuais ultimamente.
Fonte: 180graus.com

Por Erik

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

VIOLÊNCIA DE QUEM, CARA PÁLIDA? Por: Dário Neto

VIOLÊNCIA DE QUEM, CARA PÁLIDA?
Por: Dário Neto
Presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de São Paulo
“Do rio que tudo arrasta, se diz violento,
Mas não chamam de violentas as margens que o comprimem”
Bertold Brecht
Nenhuma violência é justificável. Essa é a premissa básica para toda militância que trabalha na defesa dos Direitos Humanos. Partindo dessa premissa, é preciso problematizar as diferentes formas de violência que marcaram a plenária final da II Conferência LGBT do Estado de São Paulo, no final de semana passado. Para alguém desinformado e que desconhece as pessoas envolvidas no episódio citado, tenderia a repudiar a agressão física praticada pela militante Agatha Lima contra Julian Rodrigues. Mas quem conhece e já foi vítima das violências verbais praticada por esse petista, sabe que a avaliação do episódio não é tão simples assim. Julian Rodrigues é conhecido nacionalmente por seus comportamentos desrespeitosos e desqualificantes contra qualquer pessoa que não compactua com suas p osições. Se no microfone, ele tenta mostrar-se adepto da boa argumentação, fora dele desqualifica por meio de adjetivos seus opositores. Foi desse modo que o mesmo provocou Agatha Lima pelo fato de a mesma não ter sido eleita como delegada para a II Conferência Nacional LGBT.
Mas não se trata apenas de provocar seus opositores, a questão é muito mais perversa. O episódio que resultou a agressão foi antecedido pela discussão e votação a respeito da forma de eleição do Conselho Estadual LGBT. Julian e seus parceiros defendiam que o mesmo fosse composto por indicação de entidades. O debate se deu e foi seguido pela votação que aprovou a eleição direta, o que fez com que ele quisesse dar o troco à derrota política. Para tanto, pediu que se fizesse a divulgação do resultado da eleição de delegados, informando os votos que cada chapa recebeu. Assim que a mesa da Plenária Final informou os resultados, Julian Rodrigues resolveu provocar as Travestis e Transexuais – mais especificamente Agatha Lima – pelo fato de esta não ter sido eleita como delegada. Essas provocações deram-se por meio de insultos e agressões verbais contra a militante.
Reparem bem: a frustração pela derrota na definição de como o Conselho deveria ser composto, levou-o a essa atitude belicosa. Contudo, o mesmo poderia ter provocado opositores que estiveram diretamente ligados a essa derrota. Ele poderia ter provocado a mim, Beto de Jesus, Paulo Mariante ou Marcia Cabral. Mas não foi o que fez. Escolheu justamente Agatha Lima para descarregar sua frustração e raiva da derrota. A violência primeira e que poderia ter sido evitada foi a transfobia recorrentemente praticada por esse petista. Julian escolheu provocar Agatha Lima por achar que essa não teria condições de revidar suas provocações. Certamente, sua avaliação resulta de uma transfobia que o mesmo tem recorrentemente praticado em nível nacional. Há que se lembrar que, por conta desse comportamento tr ansfóbico, o mesmo recebeu uma moção de repúdio do movimento de Travestis na I Conferência Nacional LGBT em 2008.
Diversas pessoas têm dito que a violência física não se justifica. Como afirmei no início do texto, não pretendo e não quero justificar nenhuma forma de violência. Quero questionar essa lógica em que hierarquiza as formas de violência, dando peso a agressão física, mas desconsiderando os efeitos perversos da agressão verbal e psicológica. Tão violento quanto um tapa, são as palavras usadas para desqualificar e estigmatizar qualquer pessoa. As palavras ferem e, muitas vezes, pode ter efeitos danosos maiores do que uma agressão física. Se há que repudiar a agressão física praticada pela Agatha, mais ainda devemos repudiar essa prática recorrente feita por Julian Rodrigues em que as palavras são usadas para agredir, desqualificar e insultar qualquer pessoa.

"Deixar o erro sem refutação é estimular a imoralidade intelectual" - Karl Marx

Carta de repúdio ao Site " A Capa "


O Planeta G - blog que a 3 anos têm avançado Brasil a fora pelas redes mundiais e conquistando cada vez mais seguidores e leitores, praticando o ativismo pró direitos LGBT - vem a público manifestar total repúdio ao site  " A Capa ".
No último dia 01 de Novembro de 2011, o site por autoria de Marcelo Hailer, publicou a matéria " Conferência Estadual LGBT de SP, termina em confusão e com poucas propostas apresentadas". A matéria de conteúdo fraco e sem grandes detalhes desconsidera toda uma história que foi escrita durante três dias de conferência por um grande grupo de ativistas e militantes que usaram do seu tempo para construir mais um Plano Estadual de Enfrentamento da Homofobia e Promoção da Cidadania LGBT.
Discordamos com o site no que se diz respeito á poucas propostas e sensação de Djavú dos seus conteúdos, pois é claramente visível que se algumas propostas foram repetidas ou parecidas á última conferência, é por que a população LGBT ainda acha necessário que essas questões venham em pauta, uma vez que a conferência é formada pelo poder público e pela sociedade civil em comunhão de ideias, debates e votações.
Consideramos que o repórter que "cobriu" a conferência não trabalhou o texto com neutralidade e muito menos com fatos corretos e conteúdo realmente verdadeiro.

A II Conferência LGBT do Estado de São Paulo protagonizou um marco na luta pela cidadania, pois com a presença de 430 pessoas, foram criadas aproximadamente 75 propostas que foram discutidas, suprimidas, alteradas e aprovadas depois de um dia inteiro de debates e planejamentos. Além disso, é muito bom lembrar que muitas outras propostas ficaram de fora da lista permitida pelo regimento interno e outras muitas foram encaminhadas á Conferência Nacional que deverá acontecer em Dezembro, em Brasília.
Assim, consideramos que a matéria foi parcial, sem conteúdo, sem fontes e sem baseamento no que se refere ás críticas de proposta.
Outro ponto apresentado é a falta de sensibilidade para mencionar o caso de agressão entre o militante Julian Rodrigues e a trans Agatha Lima, que a todos se sabe que haviam sido feitas provocações do lado de Julian contra Agatha.
Esse tipo de matéria e conteúdo embasado no nada põe a Revista "A Capa" em questão quanto suas posições políticas e éticas, suas publicações, neutralidade e conteúdo suprapartidário.

Erik Henrique Nunes da Silva
Blog Planeta G

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