Domingo (13) tinha tudo para ser um dia maravilhoso e de muita festa em Maceió, mas mesmo com a 11ª Parada Gay de Maceió, que aconteceu nas orlas de Pajuçara e Ponta Verde, foi um pouco menos alegre.
Na madrugada da Sexta-Feira (11), foi assassinado na cidade o fundador do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Zequias Rocha Rego de 57 anos, Ong essa responsável pela organização da parada na capital alagoana.
Zeca, como era conhecido, trabalhava como assessor da Coordenadoria Executiva do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). O militante foi morto em seu apartamento com duas perfurações de faca cravadas no pescoço. Ele morava no Conjunto Alfredo Gaspar de Mendonça, no bairro de Jacarecica, em Maceió. A polícia que investiga o crime diz que, por ter objetos quebrados pela casa, acredita ter ocorrido luta corporal. Testemunhas alegam que três homens usaram um carro e uma moto para fugirem.
A tese policial é de latrocínio (roubo seguido de morte), mas segundo o delegado responsável, Egivaldo Lopes, declarou à imprensa, também não está descartada a hipótese de crime de ódio.
Para termos uma ideia do estado das coisas ainda hoje, a hipótese de homofobia que será investigada pelo delegado é um avanço, dentro das centenas de crimes que esse dado simplesmente é escondido, desprezado ou escamoteado. Muitos policiais descartam de cara que a motivação de um assassinato possa ter origem na homofobia mesmo a vítima sendo um homossexual ou tendo indícios de crime de ódio.
É claro, apesar dos obtusos reacionários fingirem nunca perceber, que o fato de uma pessoa ser gay não necessariamente faz com que seja vítima de um crime homofóbico. Às vezes, a razão mesmo está apenas em um assalto mal executado ou cheio de perversões. Mas também, muitas vezes o componente de ódio está presente e deve ser investigado. E não descartado em um primeiro momento, como temos assistido na maioria dos casos ocorridos contra homossexuais ultimamente.
Fonte: 180graus.com
Por Erik
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