terça-feira, 4 de outubro de 2011

É hora de acordar. Saia do armário gay!


- Ele falou que a gente não valia nada, que éramos duas bichas loucas. E que deveríamos morrer e transmitir doenças para a humanidade. Atravessamos a rua e eles vieram atrás - conta Marcos Villa. O casal então foi agredido na porta de um restaurante.
Villa teve ferimentos na nuca e nas coxas. O seu companheiro, de 30 anos, que não quis se identificar, teve a perna quebrada a pontapés e o lábio cortado.
- Quando ele falou que eu tinha que morrer, comecei a gritar, pedindo ajuda. Ele veio para cima de mim, me deu um murro na boca e eu caí no chão, bati a cabeça. Ele começou a chutar o meu corpo e eu 'apaguei' . Eu quero Justiça, eu quero a identificação deles. Há câmeras na rua - conta a vítima.
Marcos Villa achou que o companheiro tinha morrido.
- Entrei em desespero. Estamos juntos há quatro anos e meio. É a minha família, a minha vida, achei que tinham matado meu companheiro - diz Villa.

Esse é o mais novo relato de violência contra homossexuais acontecido aqui em São Paulo, na região da Av. Paulista.
Para você que mora fora de são Paulo, entenda que a cidade abriga dezenas de grupos e com ideologias diferentes espalhados principalmente na região central, inclusive skinheads.
Embora tenhamos a cultura de jogar no colo de nossos governantes a responsabilidade de praticamente tudo que acontece de negativo, atribuo parte dessa perseguição e força dos grupos anti gays a nós mesmos, gays.
Observo que a maioria dos homossexuais ( sem generalizar, é claro) costumam viver somente na parte da noite,como se não houvesse no seu dia a dia, os problemas sociais, a política, a violência e perseguição contra sua própria orientação sexual.
Nada em nosso país se faz sem mobilização, particiapação e ações realmente efetivas que se transforme em projetos sólidos e realizáveis. O que falta para essa "minoria" LGBT é a organização, união, falta de vergonha na cara para sair nas ruas e reconhecer que não vamos avançar se não houver participação e iniciativas pró LGBT, essas que só nós podemos desencadear.
Hoje temos uma minístra de Direitos Humanos omissa e que pouco participa da realidade LGBT a qual estamos vivendo. Um realidade aliás, vivida em todo o mundo e não somente no Brasil.
Temos sim um governo que não está avançando nos direitos LGBT, trocando nossas cabeças para salvar a pele de amigos e velhos conpanhanheiros e, temos uma população atrasada e muito influenciada pela religiosidade levando o assunto LGBT a ferro e fogo como se fossemos algo demoníaco.
É exatamente por isso que mais do que nunca a população gay precisa sair do armário, desse estado inerte de luta pela liberdade de ir e vir, de sermos o que realmente somos.

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.”
Bezerra de Menezes

Por Erik

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