quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Prefeitura de São Paulo e o movimento LGBT debatem ideias para o futuro do Largo do Arouche

Rute Alonso e Julian Rodrigues, Presidentes do Conselho Municipal LGBT

Ontem (14), o Conselho LGBT do Município de São Paulo e a Cads receberam a presença do Sub-Prefeito da Sé, Marcos Barreto, para discutir a calamitosa situação da região do Largo do Arouche. Além da presença do governo municipal, o PapoMix, empresários da região e moradores debateram o que pode ser feito pela região, que hoje vive uma realidade de abandono em todos os seus aspectos.

Julian Rodrigues, Marcos Barreto e Willian Nozaki 
A região do Largo do Arouche seria para os gays como a Rua Castro para os morados de São Francisco, mas não recebe a mesma atenção e respeito como a rua californiana. Na região se encontra bares, baladas, saunas diversas e a praça, que serve de ponto de encontro principalmente da comunidade LGBT das regiões mais afastadas, como a zona leste e norte.
Segundo a Prefeitura, o Largo do Arouche será uma das primeiras praças a receber o projeto de Wi-Fi grátis, e sendo assim, deverá ser requalificado o quanto antes.






Lixo

Oque deverá ser feito de imediato é a manutenção das lixeiras da região, que foram arrancadas ou não suportam a demanda de lixo do lugar. segundo a Prefeitura, a coleta de lixo da região é feita na Sexta-Feira à noite e depois só na Segunda, o que para a região e todo seu movimento, fica inviável um final de semana inteiro sem coleta. A ideia é adotar "papa lixo" de emergência, iguais ao que são usados em eventos, como a Virada Cultural.

Paisagismo


Esse é um processo importante para a cidade e para o Largo do Arouche. Nessa fase, a Prefeitura pretende gramar toda a sua extensão de terra, arrumar o calçamento e as vias de locomoção pelo meio da praça, reformular o acesso e acessibilidade da praça, revitalizar as obras de arte e melhorar a iluminação. Outra preocupação é a criação de áreas de sombra e bancos.




Comércio

O comércio, que tem muita força na região, tem problemas com o turismo pela região ser conhecida como área de risco da cidade. A promessa é que depois que a reforma for feita, todo entorno será atingido com resultados positivos, inclusive o comércio. Outra questão que foi citada é sobre o despejo de lixo desses locais, que embora tenham locais, continuam a jogar o lixo em lugar indevido causando desordem pelas calçadas.

Eventos

Eventos de grande e pequeno porte deverão virar rotina no Largo do Arouche, promovendo assim a convivência entre as pessoas e a permanente ocupação da praça, evitando casos de sexo ao ar livre, depredações, violência e descaso, tanto do poder público quanto da população. 
Segundo alguns moradores, a permanência da "Virada Cultural" na região devia ser repensada, pois segundo os mesmos, traz transtorno e desconforto aos moradores. O Sub-Prefeito da Sé, Marcos Barreto, disse que o evento pode ser discutido, mas que não deverá sair do Largo do Arouche, importante região do Centro da Cidade.

Moradores de Rua

Uma preocupação que foi levanta é quanto aos moradores de rua que se instalam na região do Largo do Arouche. O conselho deixou registrada a preocupação de que a Prefeitura não trate essas pessoas como marginais, mas que trabalhem para a sua reintegração social de forma clara e justa.



Marco Histórico

Uma ideia vindo de militantes LGBT e empresários do segmento foi a "saída do armário" do Largo do Arouche. A criação de uma escultura que tenha ligação com o movimento e com a luta LGBT em São Paulo e a melhora na visibilidade da região deverá atrair gays de todas as regiões da cidade e também poderá virar circuito turístico da população gay, de outros Estados e do exterior.

Foto: André Pomba

Outros pontos que foram mencionados e que deverão fazer parte do projeto é a realização de feiras culturais e artesanais promovidas pelo Mix Brasil, a interação do "Esquadrão das Drags" com os adolescentes e frequentadores do Arouche, a fiscalização de bebidas ambulantes e a instalação de banheiro público.


O plano é ótimo, o projeto é viável e a intensão é louvável, mas sabe-se que a ocupação da área central da Cidade de São Paulo é muito difícil e delicada. Vamos acompanhar o andamento desse projeto e torcer para que consigamos reanimar um espaço próximo de morto, que é o Largo do Arouche.


Por Erik

Um comentário:

  1. OS SENHORES PERGUNTARAM AOS MORADORES SE É POSSIVEL CONVIVER COM ESSES EVENTOS, SOM ALTO ATÉ ALTAS HORAS,BEBEDEIRAS, ATOS OBSCENOS, TOTAL FALTA DE RESPEITO COM OS IDOSOS QUE LÁ HABITAM.
    ESTÁ NA HORA DE REPENSAR ANTES QUE ALGO MAIS GRAVE VENHA A OCORRER.

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