Rute Alonso e Julian Rodrigues, Presidentes do Conselho Municipal LGBT |
Ontem (14), o Conselho LGBT do Município de São Paulo e a Cads
receberam a presença do Sub-Prefeito da Sé, Marcos Barreto, para discutir a
calamitosa situação da região do Largo do Arouche. Além da presença do governo
municipal, o PapoMix, empresários da região e moradores debateram o que pode
ser feito pela região, que hoje vive uma realidade de abandono em todos os seus
aspectos.
Julian Rodrigues, Marcos Barreto e Willian Nozaki |
A região do Largo do Arouche seria para os
gays como a Rua Castro para os morados de São Francisco, mas não recebe a mesma
atenção e respeito como a rua californiana. Na região se encontra bares,
baladas, saunas diversas e a praça, que serve de ponto de encontro
principalmente da comunidade LGBT das regiões mais afastadas, como a zona leste
e norte.
Segundo a Prefeitura, o Largo do Arouche
será uma das primeiras praças a receber o projeto de Wi-Fi grátis, e sendo
assim, deverá ser requalificado o quanto antes.
Lixo
Oque deverá ser feito de imediato é a
manutenção das lixeiras da região, que foram arrancadas ou não suportam a
demanda de lixo do lugar. segundo a Prefeitura, a coleta de lixo da região é
feita na Sexta-Feira à noite e depois só na Segunda, o que para a região e todo
seu movimento, fica inviável um final de semana inteiro sem coleta. A ideia é
adotar "papa lixo" de emergência, iguais ao que são usados em
eventos, como a Virada Cultural.
Paisagismo
Esse é um processo importante para a cidade
e para o Largo do Arouche. Nessa fase, a Prefeitura pretende gramar toda a sua
extensão de terra, arrumar o calçamento e as vias de locomoção pelo meio da
praça, reformular o acesso e acessibilidade da praça, revitalizar as obras de
arte e melhorar a iluminação. Outra preocupação é a criação de áreas de sombra
e bancos.
O comércio, que tem muita força na região,
tem problemas com o turismo pela região ser conhecida como área de risco da
cidade. A promessa é que depois que a reforma for feita, todo entorno será
atingido com resultados positivos, inclusive o comércio. Outra questão que foi citada
é sobre o despejo de lixo desses locais, que embora tenham locais, continuam a
jogar o lixo em lugar indevido causando desordem pelas calçadas.
Eventos
Eventos de grande e pequeno porte deverão
virar rotina no Largo do Arouche, promovendo assim a convivência entre as
pessoas e a permanente ocupação da praça, evitando casos de sexo ao ar livre,
depredações, violência e descaso, tanto do poder público quanto da
população.
Segundo alguns moradores, a permanência da
"Virada Cultural" na região devia ser repensada, pois segundo os
mesmos, traz transtorno e desconforto aos moradores. O Sub-Prefeito da Sé,
Marcos Barreto, disse que o evento pode ser discutido, mas que não deverá sair
do Largo do Arouche, importante região do Centro da Cidade.
Uma preocupação que foi levanta é quanto
aos moradores de rua que se instalam na região do Largo do Arouche. O conselho
deixou registrada a preocupação de que a Prefeitura não trate essas pessoas
como marginais, mas que trabalhem para a sua reintegração social de forma clara
e justa.
Marco Histórico
Uma ideia vindo de militantes LGBT e
empresários do segmento foi a "saída do armário" do Largo do Arouche.
A criação de uma escultura que tenha ligação com o movimento e com a luta LGBT
em São Paulo e a melhora na visibilidade da região deverá atrair gays de todas
as regiões da cidade e também poderá virar circuito turístico da população gay,
de outros Estados e do exterior.
Foto: André Pomba |
Outros pontos que foram mencionados e que
deverão fazer parte do projeto é a realização de feiras culturais e artesanais
promovidas pelo Mix Brasil, a interação do "Esquadrão das Drags" com
os adolescentes e frequentadores do Arouche, a fiscalização de bebidas
ambulantes e a instalação de banheiro público.
O plano é ótimo, o projeto é viável e a
intensão é louvável, mas sabe-se que a ocupação da área central da Cidade de
São Paulo é muito difícil e delicada. Vamos acompanhar o andamento desse
projeto e torcer para que consigamos reanimar um espaço próximo de morto, que é
o Largo do Arouche.
Por Erik
OS SENHORES PERGUNTARAM AOS MORADORES SE É POSSIVEL CONVIVER COM ESSES EVENTOS, SOM ALTO ATÉ ALTAS HORAS,BEBEDEIRAS, ATOS OBSCENOS, TOTAL FALTA DE RESPEITO COM OS IDOSOS QUE LÁ HABITAM.
ResponderExcluirESTÁ NA HORA DE REPENSAR ANTES QUE ALGO MAIS GRAVE VENHA A OCORRER.