segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dilma Rousseff e Marina Silva discutem diversidade sexual como batata quente.


Assim como em 2010, a diversidade sexual novamente é tratada como batata quente pelos postulantes ao cargo de Presidente da República nas eleições.
Essa eleição estava sendo marcada principalmente pelo debate sobre o momento econômico brasileiro que sofre semanalmente queda dos números, perda de dinheiro e falta de confiança de investidores, mas os últimos acontecimentos envolvendo o retrocesso do plano de governo de Marina Silva para as questões LGBT trouxe novamente a diversidade sexual ao centro do debate, mas da mesma forma que sempre, como um problema!
Lançado de forma inesperada, o plano de governo de Marina Silva parecia ousado e inovador. Defendido e elogiado pela maior parte do movimento LGBT, este também era alvo de desconfiança para outra parte dos ativistas. As dúvidas acerca do programa foram sanadas mais o menos 12 horas depois de lançado, pois pressionada por Silas Malafaia e pelo movimento religioso, Marina Silva e o PSB foram obrigados a divulgar uma errata onde transformaram o texto, antes pleno, em apenas um rascunho genérico de um futuro governo da líder acreana. 
Dilma Rousseff não saiu por menos nessa história. Como se não bastasse à controvérsia envolvendo a ex-senadora, a Presidente da República lançou nota em seu Facebook oficial tentando desconstruir a imagem de sua oponente alertando para uma "incoerência crônica" de Marina Silva.
Há um ditado que diz, "o sujo falando do mal lavado". Dilma Rousseff e seu governo instrumentalizado tratou a diversidade sexual como moeda de troca em todas as esferas. 
Ente outros favores de Dilma Rousseff a aliados segue a lista:
1) Acordo em carta com líderes religiosos para travar projetos que afrontem a igreja.

2) VETO do Kit contra a homofobia nas escolas
3) VETO de campanha de prevenção da AIDS voltado à população LGBT
4) APOIO a eleição de Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos 
5) O FIM do PLC122
6) Exclusão da Diversidade Sexual no novo PNE.


Hoje vemos, mais uma vez, a diversidade sexual sendo tratada como batata quente pelas candidatas, onde, talvez, quem fique menos tempo com o assunto no colo leve a melhor nas próximas pesquisas eleitorais.
Dilma e Marina Silva têm o discurso muito parecido. Mulheres frágeis, mas maduras, porém perseguidas. Dilma mareja seus olhos para explicar os anos vividos na cadeia nos tempos de ditadura e Marina tenta encanar a história de que era foragida política durante suas lutas no interior do Acre. 
Tanto sofrimento e história não fazem parte da luta de ambas por igualdade quando se trata de homossexuais, nos restando apenas continuar à margem do que "possa parecer" e não ao que "deveria ser".
Há entre as duas mais similaridades que se possa imaginar, mas a principal delas é visível sem grandes problemas, "oportunismo e falta de vergonha na cara".
De um lado o discurso pronto de laicidade, mesmo recorrendo à Bíblia para tomar algumas decisões, e do outro o oportunismo e o jogo sujo da campanha do partido da situação.




Por Erik Henrique

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