ONU realizou 1° Reunião Ministerial sobre os direitos da população LGBT

Tornou-se realidade a primeira reunião da ONU voltada à população LGBT no mundo. Na última quinta feira (26), comandada pela Chefe da ONU em Direitos Humanos, Navi Pillay, Ministros das Relações Exteriores se encontraram para tratar do combate a homofobia, liberdade de expressão e respeito a identidade de gênero.

Segundo informações do site oficial da ONU Brasil, os Ministros se comprometeram em declaração não só proteger os direitos da nossa população, mas também combater, inclusive com programas e políticas sociais, a violência das trans na sociedade.

Entre os presentes na reunião estavam o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, e ministros da Argentina, Croácia, Holanda, Noruega, França, Japão, Nova Zelândia, além de representantes da União Europeia e da sociedade civil.

Vale lembrar que a ONU lançou no ano passado uma cartilha sobre "Orientação Sexual e Identidade de Gênero" no Regime Internacional de Direitos Humanos. Neste material, a Organização coloca em seu preâmbulo que "A extensão dos mesmos direitos usufruídos por todos para pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) não é radical e nem complicado.Ela apoia-se em dois princípios fundamentais que sustentam o regime internacional de direitos humanos: igualdade e não discriminação. As palavras de abertura 

da Declaração Universal dos Direitos dos Humanos são inequívocas: “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.”

O documento também chama a atenção para a responsabilidade dos governos para com a população LGBT, colocando em seu conteúdo um resumo de 5 recomendações para os mesmos. São eles: Proteger, prevenir, revogar, proibir e proteger. Além disso, mostra a preocupação da ONU quanto aos chamados "estupros corretivos", que são violências cometidas contra lésbicas.

Importante ressaltar aos leitores, que no mundo ainda há 76 países que proíbem a relação entre pessoas do mesmo sexo, alguns desses países preveem além da prisão, a condenação de morte.

Não é de hoje a iniciativa da ONU de encabeçar grandes propostas e projetos contra a discriminação a homossexuais. Veja aqui o vídeo lançado em Junho\2013 contra todas as formas discriminatórias contra a população LGBT

Se quiser ler o documento "Nascidos Livres e Iguais" da Organização das Nações Unidas, clique AQUI

Por Erik

Read More

Prefeitura de São Paulo fecha "Autorama", no Ibirapuera

O autorama é um dos encontros gays mais antigos da capital paulista, porém nos últimos anos têm sido constantemente sufocado pela administração pública.

A decisão da Prefeitura de São Paulo de fechar o "autorama" das 00h00min h às 05h00min h, mesmo intervalo de tempo que o parque está fechado para todo o público, veio depois de muita discussão, reclamações de moradores do entorno do parque e muita polêmica.

Para entender a decisão da Prefeitura, que de fato faz muito sentido, é só ter conhecido o "autorama”. Sexo explícito, prostituição, álcool e drogas faziam do encontro um espaço deplorável de convivência.

A última gestão municipal, do então Prefeito, Gilberto Kassab, determinou que a polícia devesse fazer rondas e ter uma base fixa no local. De fato, havia a base, mas ou não havia fiscalização ou havia abuso de poder. O consumo de bebida alcoólica ilegal era livre, e no máximo oque a polícia determinava era que os frequentadores abaixassem ou desligassem seus rádios, que por muitas vezes alto exageradamente. Quando "não queriam" trabalhar, os policiais fechavam os portões e montavam guarda observando o pequeno grupo que ainda permanecia ali a madrugada toda.

Em uma das oportunidades que tive de estar no "autorama", fiquei perplexo em ver crianças e adolescentes, aparentemente de até uns 14 anos de idade, completamente bêbados, procurando droga em troca de "mamada". Um caos, na minha humilde opinião. 

Também é fato que a Prefeitura não quer perder tempo transformando o "autorama" em um lugar de sociabilidade para o público LGBT, que há muito tempo frequenta aquele espaço. Uma polícia bem treinada, banheiros químicos, fiscalização e uma melhoria na iluminação já seria um grande passo para tornar o "autorama" um lugar de convivência noturna e até quem sabe, um ponto turístico do público gay.

Chamo aqui a atenção dos leitores para o Largo do Arouche. Essa outra importante área da cidade, e ponto de encontro inegável da comunidade LGBT, deverá receber estrutura, qualificação e revitalização de sua área total. Atualmente o Arouche está seguindo o mesmo rumo que o "autorama". Tardes de domingo é fácil ver a venda ilegal de bebida alcoólica, drogas e até sexo explícito. Vamos fazer daquela área, um espaço digno e bonito de se encontrar, de se conviver. Nós merecemos isso!

Leia mais: Prefeitura de São Paulo e o movimento LGBT debatem ideias para o futuro do Largo do Arouche

 Por Erik

Read More