Com um pouco mais de 56% dos votos válidos, Dilma Rousseff traria
esperança e renovação a um Brasil que se fortalecia cada vez mais no cenário
mundial. Mulher, idealista e com a história voltada aos direitos humanos, o
governo Dilma foi um dos piores nesta área para os LGBT's.
DILMA E OS LGBT'S
Ainda em campanha no ano de 2009, Dilma já selaria acordos que seriam
"normais" em seu governo a partir de Janeiro de 2010.
Em busca de apoio, fechou acordo com a bancada evangélica em que
garantia nos próximos 4 anos não aprovar ou dar seguimento, já que tinha a
maioria da câmara e do senado, em projetos que afrontariam a dignidade da
igreja. Em uma de suas
entrevistas naquela época, chegou a dizer;
"...firmei
um compromisso com evangélicos e católicos de não enviar nenhuma
legislação que altere questões que conflitem com os princípios
religiosos." Nesse mesmo dia afirmou que não daria andamento em
questões como aborto e união civil entre pessoas do mesmo sexo. O acordo veio a
ser notícia novamente dois anos mais tarde quando em plenária na Comissão de
Direitos Humanos, o Senador Magno Malta cobrou Dilma e o PT.
Neste mesmo governo vimos três grandes
projetos caírem por terra.
Um deles, o PLC 122 se arrastava, mas
firme, durante anos para uma aprovação. Mesmo por tantos anos sendo negado
pelos parlamentares, o projeto se manteve vivo e manteve nossa luta viva pela
sua aprovação. Depois de uma série de reuniões do governo federal, inclusive
com algumas reuniões secretas, a bancada evangélica conseguiu de uma vez por
todas, colocar um ponto final na história. Além de enfraquecer o projeto,
esquartejou-o o quanto pôde e por fim enterraram de vez uma reivindicação
legítima de criminalização da homofobia.
O Kit contra a homofobia nas escolas
públicas também foi extirpado dos corredores do planalto pelo então Prefeito da
Cidade de São Paulo, Fernando Haddad, na época Ministro da Educação. A pedido
da própria presidente, o projeto que já estava em fase de distribuição precisou
ser recolhido e eliminado. Nessa mesma matéria de educação, vimos à discussão
sobre LGBT's sair do novo Plano Nacional de Educação no mês passado, o que mais
uma vez provou que este governo não está interessado em justiça social.
Por último, mas não menos importante,
um veto pelo então Ministro da Saúde na época, tirou de circulação da TV aberta
a campanha de carnaval que alertava a população LGBT os riscos das DST's. A
campanha que se fazia presente desde 1994, criado pelo governo FHC, foi
desvinculada mesmo quando pesquisa provou que a AIDS ainda crescia entre os
jovens brasileiros.
Sem dúvida, a mais pesada baixa que
tivemos foi a omissão do PT na Comissão dos Direitos Humanos, que resultou na
eleição de Marco Feliciano. História longa, complicada e cheia de revolta, a
CDH perdeu sua dignidade e sua laicidade, apoiado pelo governo Dilma.
É preciso dizer...em todos os casos,
TODOS, Dilma Rousseff não expressou opinião, não mostrou vontade ou interesse
de apoio ou resolução dos problemas. Se antes, seu antecessor,
se vangloriava com o bordão "nunca na história desse país", hoje
somos nós que dizemos. Nunca na história deste país os nossos direitos foram
tão rifados, trocados, vendidos.
Ironia ou não, mesmo com todas essa ações a Presidente se reuniu com o Conselho Nacional LGBT em Junho do ano passado para "re-assumir" o compromisso do Governo Federal com as causas LGBT's. No encontro, segundo a ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, “A presidente afirmou, claramente, que o Estado é laico. Em nome da Presidência, em seu nome e do governo, nós devemos agir sempre contra todas as formas de intolerância e de discriminação”. Teve até foto...
Michel Temer - Vice
Sobre o Vice Presidente e agora novamente candidato, Michel Temer nunca foi muito profundo sobre esse assunto. Em um debate de vices no ano de 2010, Michel Temer disse que "favorável à união civil, e que casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma “terminologia equivocada”. “Trata-se de uma relação de natureza civil. Então, diante da nova realidade social do mundo, precisamos ter uma legislação que faça o reconhecimento dessa relação civil. Se as pessoas vão casar, se vão fazer solenidade, não importa”
Por Planeta G
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