Diante dos últimos acontecimentos é importante que a população homossexual do Brasil se concientize que a época de protestos acabou, agora é a hora de agir.
Rio de Janeiro - Após a 15º Parada do Orgulho Gay, realizada nas praias do litoral do Rio foram manchadas de sangue em um dos lugares mais lindos da cidade, a praia do Arpoador.De acordo com a mãe do jovem, o filho e um grupo de amigos, todos homossexuais, estavam conversando e alguns namorando nas pedras, quando foram abordados por militares do Exército, por volta de meia noite e meia. Segundo o Exército, no entanto, a região onde o rapaz estava não é uma área do militar. O CML afirmou também que o Forte de Copacabana não faz qualquer tipo de patrulha externa.De acordo com policiais de plantão na sala de polícia do Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde o jovem foi atendido, o disparo foi feito de um fuzil, e atingiu o garoto na barriga.
São Paulo - Um jovem de 19 anos foi preso e quatro adolescentes apreendidos na Avenida Paulista acusados de agredir três rapazes, na manhã de ontem. Eles usaram duas lâmpadas fluorescentes para golpear uma das vítimas, um estudante de 23 anos. As agressões aconteceram em dois pontos diferentes e estariam relacionadas à homofobia, já que os dois primeiros agredidos - um fotógrafo de 20 anos e um estudante de 19 - estariam caminhando juntos pela avenida quando foram surpreendidos pelo grupo.
Paraná - Sidnei Colaço Taborda, 39 anos, conhecido como “Emanuelly” ou “Manu”. Ele foi encontrado
morto,estrangulado pelo cordão da blusa que usava, nos fundos de uma casa em Praia de Leste, Pontal do Paraná, na madruga de terça-feira.
Fora a violência cometida nesse último final de semana, aqui em São Paulo fomos surpreendidos pela posição adotada por uma das maiores e melhores universidades do Brasil, o Mackenzie.
A Universidade publicou ontem em seu site um artigo em que o líder religioso da instituição se posiciona contra a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia. No texto, retirado do ar minutos depois, o chanceler Augustus Nicodemus Gomes Lopes diz que "ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia" e que "tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais".
Nos últimos anos o assassinato de gays no Brasil cresceu aproximadamente 60% e o número pode chegar a 70% ao fim de 2010, e como você pode ajudar?Não é uma tarefa fácil, mas devemos usar das armas que temos em nossas mãos, como a internet.Hoje (17) permaneceu nos TT's Brasil o tag #HomofobiaNão.O Twitter é uma grande arma de defesa nos últimos tempos.Nele podemos levar informações e montar protestos que chamam a atenção.
Muitos políticos, jornalistas, artistas e formadores de opinião estão no twitter e não custa nada "encher o saco' deles com "@".São essas pessoas que poderam dar visibilidade ao nosso apelo, principalmente políticos e veículos de comunicação.
Abaixo assinado é outra forma de não deixar essa chama se apagar.Vamos nos posicionar de uma vez por todas contra as pessoas que querem nos jogar na clandestinidade novamente, contra religiosos e fundamentalistas que estão nos jogando novamente em uma ditadura.É a nossa hora.
Se não mostrarmos que queremos mudança, direitos e respeito, e nos impor perante a sociedade, jamais vamos sair da estaca em que estamos.
O velho ditado dizia: "Um dia da caça, outro do caçador".Precisamos deixar de ser caça, de sermos coitados, de sermos minoria.Precisamos gritar "ESTAMOS AQUI".
Hoje, as pessoas partem para a agressão física, como aconteceu (em 2000) com o Edson Neri, na Praça da República (São Paulo), que foi o caso mais emblemático. Ele foi trucidado por um bando de carecas neonazistas. Acho que essa visibilidade incomoda. Há também a intolerância religiosa, que continua pregando como nunca, a ponto do (pastor Silas) Malafaia colocar cartazes na rua, dizendo que Deus criou o homem e a mulher, ou seja, a homossexualidade é uma aberração, um pecado.Tem essas duas coisas, a visibilidade que provoca a intolerância, que é reforçada por um discurso fundamentalista.
O Brasil tem um lado cor de rosa, que é representado pelas paradas gays, tem mais de 200 paradas e a maior parada gay do mundo; tem a maior associação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) da América Latina; tem o Programa Brasil Sem Homofobia, ou seja, conquistou muitos avanços, mas tem um lado vermelho sangue. O Brasil é o país líder em assassinatos de homossexuais. Não é o país mais homofóbico do mundo, porque não temos leis, como no Egito ou no Iraque, onde os homossexuais podem ser executados, mas, a cada dois dias, um gay, uma travesti ou, em número muito menor, uma lésbica é vítima de crimes de ódio. São crimes praticados com requintes de crueldade.
(Luis Mott - Presidente do GBB em entrevista ao site Terra. )
A necessidade da PLC122 é um fato, e que não merece mais longos debates.A lei parada no senado não teve nenhuma visibilidade do governo que detém a maior bancada e quando encurralados na parede por religiosos, nossos senadores foram covardes.
Quantas mortes mais teremos que ver pelo Brasil a fora?Quantos maus tratos?Quantos abusos?CHEGA.
É hora de casas noturnas, associações, artistas e anônimos mostrarem que a população gay não é burra e merece respeito igual ao resto da sociedade.
#HomofobiaNão
Por Erik
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